Apesar de qualquer homem católico batizado poder, teoricamente, ser eleito papa, vaticanólogo elenca 12 nomes principais dentre 22 “papáveis” que figuram em relação de 252 cardeais
Apesar de qualquer cristão católico e batizado do sexo masculino poder ser eleito papa, tem sido regra, desde o fim do século 14, que o cargo mais alto da hierarquia da Igreja Católica seja ocupado por cardeais. De 252 atuais membros do Colégio Cardinalício, 138 podem votar em um conclave — processo de escolha de um novo líder —, embora o direito canônico estabeleça o número de eleitores em 120.
Desse número, o jornalista vaticanólogo Edward Pentin — correspondente especialista em Vaticano há mais de 15 anos e autor do livro The next pope: the leading cardinal candidates (O próximo papa: os principais candidatos a cardeal), de 2020 — seleciona 12 nomes prováveis para substituição do papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21/4).
No site Relatório do Colégio dos Cardeais, o jornalista elenca, primeiramente, 22 cardeais “papabili” — ou “papáveis” — e, dentre estes, 12 candidatos principais. Entre eles, porém, não há ordem de relevância ou existência de campanha para eventual eleição.
A seguir, confira os nomes levantados por Pentin.
Cardeal Péter Erd — Hungria
Arcebispo Metropolitano de Esztergom-Budapeste, Hungria, desde 2003, Erd tem 72 anos. Ordenado sacerdote em 1975, passou por serviço paroquial e pela universidade, onde foi professor e pesquisador em universidades húngaras, argentinas e americanas. Durante esse tempo, também foi escrivão e juiz eclesiástico, tendo escrito mais de 250 artigos e 25 livros.
Defensor da estrutura hierárquica da Igreja, Péter é considerado um religioso culto, cauteloso e avesso a riscos. Foi um dos cardeais mais jovens a serem elevados ao Colégio Cardinalício, aos 51 anos em 2003, e é indicado como alguém que poderia “restaurar” o Vaticano após o pontificado de Francisco.
De acordo com Pentin, o cardial tem visão benigna a respeito do Islã, da Igreja Ortodoxa e do diálogo com religiões não cristãs. Embora seja a favor de “apoio pastoral para aqueles que sofrem de atração pelo mesmo sexo”, é firmemente contra a aceitação de uniões homossexuais e fortemente “pró-vida”.
Cardeal Matteo Zuppi — Itália
Arcebispo de Bolonha, na Itália, o cardeal Matteo Maria Zuppi, nascido em Roma, tem 69 anos. Descrito por Pentin como “estrela em rápida ascensão no episcopado italiano”, faz parte da ala política de esquerda da Igreja Católica e provavelmente daria continuidade ao legado de Francisco.
Ele ingressou no seminário após se formar em literatura e filosofia, em 1977, aos 22 anos. Ordenado em 1981, foi pároco, assistente eclesiástico, reitor de igreja e chefe de conselho sacerdotal e bispo auxiliar antes de ser nomeado arcebispo de Bolonha pelo papa Francisco, em 2015.
Parte da comunidade leiga internacional de Santo Egídio tem “preocupação de longa data com pobres e marginalizados”. Apelidado como “padre de rua”, ele prega a rejeição do ódio e a concepção de solidariedade autêntica, abraça o pluralismo religioso e a fraternidade, bem como a ida a periferias para ajudar os que mais precisam — de crianças e idosos abandonados a viciados em drogas.
Zuppi também “tem sido especialmente fervoroso em acolher homossexuais e o ‘amor’ homossexual”, bem como os ‘recasados’ civilmente”; além de buscar sempre envolver muçulmanos, judeus e migrantes nas próprias preocupações. A mídia italiana afirma que ele tem ligações com partidos de esquerda e que prestou homenagem, em funerais, a radicais de extrema-esquerda pró-aborto.
Cardeal Robert Sarah – Guiné
Ex-funcionário de alto escalão do Vaticano, o cardeal guineense Robert Sarah tem 79 anos e mentalidade tradicional e ortodoxa. Ordenado sacerdote em 1969, foi professor, reitor de seminário e pároco.
Apelidado de “bispo bebê” por João Paulo II, foi o mais jovem bispo do mundo. Ele tinha 34 anos, em 1979, quando foi nomeado arcebispo de Conacri, capital da Guiné — onde foi colocado em “lista negra” da ditadura marxista de Ahmed Sékou Touré.
Em 2001, foi nomeado secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos. Em 2013, participou do conclave que elegeu Francisco e, em 2014, foi nomeado prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cargo que ocupou até 2021.
Ele defendeu a comunhão na língua e se opôs à intercomunhão entre católicos e não católicos. Também discursou sobre “males contemporâneos do aborto, da agenda homoafetiva e do islamismo” e escreveu um livro conjunto com Bento XVI sobre a crise do sacerdócio. Apesar de ter renunciado ao cargo que exercia no Vaticano, é muito presente em redes sociais e tem muitos apoiadores.
Cardeal Luis Tagle — Filipinas
Nascido em Manila, nas Filipinas, o cardeal Luis Antonio Gokim Tagle tem 67 anos e é pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização desde 2019, quando passou a residir em Roma a convite de papa Francisco. Formado em seminário jesuíta filipino, foi ordenado sacerdote em 1982 e logo tornou-se diretor espiritual, professor e posteriormente reitor de seminário.
Enviado aos Estados Unidos, participou por 15 anos de projeto de pesquisa sobre a história do Concílio Vaticano II. De volta às Filipinas, foi vigário episcopal para religiosos, pároco e, em 2001, tornou-se bispo da Diocese de Imus, nomeado por João Paulo II, até ser elevado ao cargo de arcebispo de Manila, capital, por Bento XVI, em 2011.
Em 2020, Francisco designou Tagle como cardeal-bispo — o que, segundo Pentin, indicava que o filipino poderia ser “um sucessor favorito na época”. Apelidado de ‘Francisco asiático’, Luis Antonio possui atributos semelhantes aos de Jorge Bergolio, além de uma vasta experiência pastoral e administrativa combinada à formação teológica e histórica. Embora demonstre “lado brincalhão”, afinidade com jovens e casualidade durante celebrações de missas, é conhecido como “negociador astuto” experiente em táticas políticas.
Tagle se manifestou contra o aborto e a eutanásia, mas defende a comunhão para casais que vivem juntos de forma conjugal sem matrimônio e outras questões relacionadas a homossexualidade. Também se opõe ao uso de linguagem “áspera” ou “severa” a respeito de certos pecados e acredita que a Igreja precisa “aprender” sobre os próprios ensinamentos de misericórdia devido a “mudanças em sensibilidades culturais e sociais”. É defensor ativo de questões como ecologia e como a “bondade de todas as religiões”.
Cardeal Malcolm Ranjith — Sri Lanka
Arcebispo Metropolitano de Colombo, Sri Lanka, Ranjith tem 77 anos e ingressou no seminário aos 18, depois de ser educado por irmãos Lassalistas. Enviado a Roma, foi ordenado sacerdote em 1975 pelo Papa São Paulo VI, na Praça de São Pedro.
Após estudar na Itália, retornou ao Sri Lanka e se envolveu na vida pastoral da cidade em que nasceu, “onde ajudou pescadores pobres em uma vila sem água encanada, eletricidade ou moradia adequada”. Foi nomeado bispo de Ratnapura em 1995 pelo Papa João Paulo II e, em 2001, retornou a Roma como secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente das Pontifícias Obras Missionárias de Ajuda.
Em 2004, foi nomeado núncio apostólico — espécie de diplomata da Igreja Católica — na Indonésia e no Timor-Leste, antes de ser elevado a arcebispo. Fluente em 10 idiomas, ele é considerado conservador, com “visão profundamente pastoral”, e “bispo das crianças”, devido ao amor pela catequese.
Parte de sociedade tradicional, o Sri Lanka, Ranjith evita se envolver em questões relacionadas a casamento entre pessoas do mesmo sexo e questões de vida em geral, mas adota “visão intransigente” sobre elas, defendendo ensinamentos da Igreja e condenando “colonização ideológica”. Com o papa Francisco, manteve relação tranquila e compartilha preocupação pelos pobres, mas defende a pena de morte em certos casos e o capitalismo, em rejeição ao socialismo. Em 2024, proibiu meninas de servirem no altar em paróquias da arquidiocese que comanda.
Cardeal Pietro Parolin — Itália
Secretário de Estado do Vaticano desde 2013, o italiano Pietro Parolin tem 70 anos e é o membro de mais alto escalão do conclave. Ingressou no seminário aos 14 anos e foi ordenado sacerdote aos 25, em 1980. Em 1986, se tornou formalmente diplomata pelo Vaticano, tendo trabalhado em países como Nigéria, México e Espanha, além de ter dirigido relações com Vietnã, Coreia do Norte, Israel e China.
Desde 2014, faz parte do conselho interno de cardeais que aconselhavam o papa Francisco sobre a reforma da Igreja Católica. Segundo Pentin, “Pietro Parolin é há muito tempo altamente considerado por diplomatas seculares como um representante papal confiável e de confiança no cenário mundial, alguém que parece estar em uma trajetória papal semelhante à do ex-diplomata Papa São Paulo VI”. Os críticos, porém, acreditam que ele seja um “progressista modernista”.
Especialista em questões relativas ao Oriente Médio e à situação geopolítica da Ásia, é conhecido por defender pautas como desarmamento nuclear, aproximação com países comunistas e mediação. Apesar de ter sido coroinha quando jovem, nunca foi responsável por uma paróquia, uma vez que a carreira sacerdotal foi dedicada à diplomacia e à administração do Vaticano.
Cardeal Pierbattista Pizzaballa — Itália
Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa tem 60 anos e nasceu na Itália. Ingressou em seminário franciscano aos 11 anos e, aos 25, em 1990, foi ordenado sacerdote pelo então arcebispo de Bolonha. No mesmo ano, foi para Jerusalém, durante a Primeira Intifada, onde foi professor assistente em universidade, vigário-geral e superior em mosteiro.
Em 2004, aos 39 anos, foi nomeado o 167º Custódio da Terra Santa, cargo que ocupou por 12 anos. Em 2016, o papa Francisco o designou administrador apostólico da sede vacante do Patriarcado, com dignidade arquiepiscopal — cargo que nos últimos 40 anos foi ocupado por árabes. Com a administração bem-sucedida, Pizzaballa foi nomeado, em 2020, Patriarca Latino de Jerusalém. Em 2023, foi elevado a cardinal, o primeiro a residir no Estado de Israel.
Com o conflito em Gaza iniciado apenas uma semana depois, se ofereceu como refém em troca de libertação de crianças em posse do Hamas. Ele teria se esforçado para tratar árabes e israelenses com “equanimidade, mas sem dúvida com mais simpatia pelo povo palestino, que ele considera ‘ainda aguardando direitos, dignidade ou reconhecimento’”.
Apesar disso, “pouco se sabe sobre a teologia ou as posições doutrinárias” de Pizzaballa, uma vez que ele raramente aborda questões controversas. Pentin indica, porém, “desejo de respeitar as tradições e práticas ortodoxas da Igreja, mantendo-se, ao mesmo tempo, aberto à modernidade”; e reconhecimento de período confuso da história da Igreja, mas sem o desejo de voltar a uma era passada. Enfatiza preocupação com migrantes, diálogo inter-religioso e justiça social.
Cardeal Fridolin Ambongo Besungu — RD Congo
Arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, o cardeal Ambongo Besungu tem 65 anos e é descrito por Pentin como “apaixonado promotor da justiça social que se envolve destemidamente na política em nome dos pobres e dos que não têm voz”. Ele estudou filosofia e teologia na R.D. Congo, onde nasceu, antes de ingressar na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em 1981 e emitir votos perpétuos em 1987.
Depois de ordenado, foi professor e estudioso. Em 2004, foi nomeado bispo de Bokungu-Ikela pelo Papa João Paulo II; em 2016, tornou-se arcebispo de Mbandaka-Bikoro; e, em 2018, arcebispo de Kinshasa. No Congo, é visto não apenas como líder da Igreja Católica, mas como líder de oposição política ao presidente Félix Tshisekedi, ao qual critica abertamente.
Apesar de ser lúcido no que se trata de questões políticas, sociais e ambientais, é “decididamente ortodoxo” no que diz respeito à fé católica: “defende firmemente a família, o celibato sacerdotal e os ensinamentos morais da Igreja”. Pentin, porém, o considera “contraditório” no que diz respeito a alguns valores cristãos.
Cardeal Willem Eijk — Holanda
Arcebispo Metropolitano de Utrecht, Holanda, o holandês Eijk tem 71 anos. Ele concluiu estudos médicos iniciais na universidade antes de ingressar no seminário, no qual permaneceu mesmo tempo em que atuava em clínica médica. Foi ordenado padre em 1985 e, enquanto servia como capelão, se formou doutor em medicina.
Enviado a Roma, se formou em teologia e doutor em filosofia, além de lecionar. Nomeado bispo em 1999, foi elevado ao cargo de arcebispo em 2007, pelo papa Bento XVI. Membro ilustre da Pontifícia Academia para a Vida, publicou manual de ética católica e é considerado “ortodoxo sólido e pró-vida”.
Ele defende a indissolubilidade do matrimônio, que também acredita ser possível apenas entre homem e mulher, e se opôs à bênção entre pessoas do mesmo sexo. Durante a pandemia de covid-19, foi defensor da vacinação.
Cardeal Anders Arborelius — Suécia
Bispo de Estocolmo, Suécia, o cardeal Anders Arborelius tem 75 anos e foi denominado pelo próprio papa Francisco como “modelo de liderança”. Segundo o pontífice que morreu nesta segunda, o sueco não tinha “medo de nada”, conversava “com todos e não é contra ninguém”.
Líder da única diocese católica da Suécia, que abrange o país inteiro, Arborelius ingressou em mosteiro carmelita em 1971, após ter se convertido ao catolicismo em 1969, aos 20 anos. Ordenado sacerdote em 1979, foi consagrado bispo de Estocolmo pelo Papa João Paulo II em 1998. Em 2017, foi o primeiro bispo da Suécia e da Escandinávia a se tornar cardinal, nomeado pelo papa Francisco.
Com mestrado em línguas modernas, além de estudos em teologia, filosofia e espiritualidade, é autor de diversos livros religiosos e biografias de figuras cristãs. Ortodoxo, defende ensinamentos da Igreja Católica sobre a vida, o celibato sacerdotal e se opõe à ordenação de mulheres. Também é firme no que diz respeito a ensinamentos morais como ética sexual e gênero; e acha perigosa a politização da religião em “tradicional” e “liberal”. Se alinha a Francisco em questões relacionadas a meio ambiente e migração, inclusive de muçulmanos.
Cardeal Charles Bo — Mianmar
Arcebispo de Yangon, Mianmar, o cardeal Charles Maung Bo tem 76 anos. Educado por salesianos na infância, decidiu que queria ser missionário e pároco e entrou para o seminário em 1962. Ordenado sacerdote salesiano em 1976, atuou em estados étnicos do país de maioria budista, inclusive em localidades de guerra armada, até a nomeação como arcebispo de Yangon, a capital, em 2003.
Durante esse tempo, foi administrador e prefeito apostólico, depois se tornou o primeiro bispo da diocese de Lashio, em 1990. No mesmo ano, fundou nova ordem religiosa, a Congregação dos Irmãos e Irmãs de São Paulo, a fim de levar a religião cristã para áreas remotas do país. Em 2015, foi proclamado por papa Francisco o primeiro cardeal de Mianmar.
Amante das artes e dos esportes, é dramaturgo e tem devoção especial pela juventude. Foi leal e próximo a tanto o papa Bento XVI quanto ao papa Francisco — com quem, apesar de ser considerado “solidamente ortodoxo”, compartilha ideais de misericórdia, questões ambientais e mudanças climáticas.
Bo evitou falar sobre questões polêmicas como ordenação de mulheres sacerdotes, opcionalidade do celibato sacerdotal e bênção de casais do mesmo sexo, uma vez que estas “geralmente não são questões para a igreja em Mianmar e porque prefere se concentrar na justiça e na paz em uma nação tão conflituosa e reprimida”.
Cardeal Jean-Marc Aveline — Argélia
Arcebispo Metropolitano de Marselha, na França, o argelino Jean-Marc Aveline tem 66 anos e, segundo Pentin, era “supostamente o cardeal ‘favorito’ do papa Francisco para sucedê-lo”. De tendência heterodoxa e expulso da Argélia ao exílio na França ainda criança, se dedica a questões de migração e diálogo inter-religioso.
Em 1977, ingressou no seminário depois de ter concluído bacharelado. Ordenado sacerdote em 1984, tem como fio condutor da carreira o ensino superior e a pesquisa universitária, as quais conduziu até o doutorado. Além disso, lecionou, foi diretor de estudos em seminário e fundou um instituto de ciência e teologia das religiões em Marselha.
Em 2014, foi nomeado bispo auxiliar de Marselha e, em 2019, arcebispo metropolitano da cidade. Pela imprensa francesa, era retratado como prelado favorito do papa Francisco e o mais “bergogliano” dos bispos da França — devido à preocupação com periferias e ao fato de supostamente se encontrarem no Vaticano fora de horários oficiais.
Apesar de, segundo Pentin, Aveline ser “especialmente bem-visto pela esquerda política e eclesiástica”, o argelino prefere não falar sobre questões delicadas, revelar inclinações políticas e manter atitude cautelosa. Também não demonstra “militância agressiva” e, embora se apresente como figura liberal, está sempre propenso ao consenso.
Cardeal Paulo Cezar Costa — Brasil
Apesar de não figurar entre os “papáveis” na lista de Edward Pentin, o cardeal brasileiro Paulo Cezar Costa, arcebispo da Arquidiocese de Brasília, está entre os sete brasileiros votantes no Conclave. Ordenado sacerdote em 1992 em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro, o pároco, que foi também reitor de seminário e professor universitário, pode também ser nomeado papa.
Nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese Metropolitana do Rio de Janeiro pelo papa Bento XVI em 2010, foi elevado a bispo de São Carlos por Francisco em 2016. Ocupou o cargo até 2020, quando foi nomeado arcebispo de Brasília. Defensor do diálogo, conforme descreve Pentin, foi um dos membros mais jovens do Colégio dos Cardeais, do qual passou a fazer parte em 2022, também por decisão de Francisco.
Como arcebispo, Costa enfatiza o engajamento da igreja com diversos setores da sociedade, inclusive os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Se manifestou contra a polarização política e defende “soluções concretas em vez de debates ideológicos”.
Considerado heterodoxo, é conhecido por assumir posições firmes em relação a ecologia e por ter sido opositor de Bento XVI. Apesar disso, se posicionou firmemente contra o aborto e em defesa da vida desde a concepção.
Correio Brasiliense