Pesquisas eleitorais

Quem se baseia em pesquisas eleitorais corre o risco de se enganar

Quando os 133 cardeais, os únicos eleitores com poderes para escolher quem iria suceder o Papa Francisco se reuniram na Capela Sistina, como o processo teria que se cercar dos mais absolutos segredos e sigilos, nenhum dos cardeais poderia se comunicar com o mundo exterior, tampouco usarem os seus próprios telefones celulares.

A reunião começou três dias antes da referida eleição. Até então, o cardeal Robert Prevost, nas pesquisas que anunciavam os favoritos, o referido cardeal aparecia no modesto 10° lugar, sem chances de ser eleito.

Em primeiro lugar, e em destaque, aparecia o cardeal Pietro Parolin, italiano e bastante influente e que havia convivido bastante próximo do papa Francisco. No interior do próprio vaticano ele era tratado como se fosse uma espécie de vice-papa, embora esta missão sequer existisse.   Como o papa Francisco tinha sido o primeiro papa oriundo do continente americano, ninguém poderia supor, nem mesmo os mais experimentados pesquisadores, que o seu sucessor viesse das Américas, menos ainda, estadunidense de nascimento.

Em aproveitando a aprovação do Papa Leão XIV e falando das nossas próprias eleições, diz um dos nossos ditados populares: de mineração e eleição, só sabemos os seus resultados após suas apurações. Numa linguagem também nossa, mas um tanto quanto futebolística, pergunto: a eleição do papa Leão XIV foi uma zebra?

Em se falando de pesquisas eleitorais, como ainda restam 18 meses para as nossas próximas eleições e os nossos institutos de pesquisas, com bastante freqüência, vem dando publicidade as suas pesquisas, e em destaque, para os candidatos que pretendem disputar a presidência da nossa República, e num 2º plano, aos candidatos que disputarão a governadoria dos nossos 26 estados e do nosso distrito federal, pergunto: qual a influência das tais pesquisas se realizadas com tanta antecedência?

Nas eleições presidenciais de 1989, a primeira após o fim do regime militar que vigorou entre os anos 1964/1985, quando Fernando Collor renunciou  o seu mandato de governador do Estado das Alagoas e se lançou candidato a presidente da Republica, os demais concorrentes, entre eles: Ulisses Guimarães, Mário Covas, Leonel Brizola, Paulo Maluf, entre outros, sequer imaginaram no sucesso da referida candidatura, menos ainda, na de Lula que acabou indo para o 2º turno, uma 2ª zebra.

Resultado: o 2º turno disputa presidencial de 1989 se deu entre Collor e Lula, ou seja, resultou numa zebra em dose dupla. Particularmente, não reprovo as pesquisas eleitorais, apenas questiono aquelas que são feitas por encomenda, sobretudo, as realizadas com bastante antecedência.

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