Governo decreta situação de emergência por explosão de casos de SRAG e superlotação de UTIs
O Governo do Estado acaba de decretar estado de emergência em saúde pública, neste sábado (10), por conta da explosão de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e da superlotação dos leitos de UTI pediátricos.
A medida tem como objetivo acelerar a adoção de medidas administrativas e assistenciais, diante da crescente ocupação hospitalar, especialmente entre crianças.
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) aponta que 872 internações por SRAG foram registradas até a 18ª semana epidemiológica de 2025 – número próximo ao de 2024 (920) e significativamente maior que o de 2023 (669).
“Os dados indicam um comportamento sazonal, porém com agravamento no perfil clínico dos pacientes. A maior parte das internações está concentrada em Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasileia”, diz o decreto.
“No Juruá, a circulação simultânea de diferentes vírus respiratórios, com destaque para Sars-CoV-2, rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) influenza B e influenza A, como os mais frequentes nos pacientes hospitalizados com diagnóstico de pneumonia e bronquiolite – está associada a casos mais severos, com diagnósticos frequentes de bronquiolite e pneumonia. As faixas etárias mais afetadas são as de 0 a 9 anos e acima de 60 anos”, acrescenta.
O secretário Pedro Pascoal se manifestou publicamente sobre o decreto:
“A situação exige agilidade e responsabilidade. Nosso compromisso é garantir o atendimento, principalmente às nossas crianças. Este decreto é uma ferramenta legal para avançarmos com as medidas necessárias diante de um cenário desafiador, que tem sido observado em todo o país e, para isso, contamos também com o apoio de todos os pais e responsáveis, para que adotem as medidas preventivas e procurem atendimento médico já nos primeiros sintomas”, destaca.
Onde buscar ajuda?
Casos leves, como coriza, tosse moderada, febre baixa e bom estado geral, devem ser acompanhados nas unidades básicas de saúde, que oferecem atendimento clínico e orientação para o cuidado domiciliar.
Casos moderados, com sintomas como febre persistente, tosse intensa, respiração acelerada, chiado no peito ou sinais de cansaço, devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs).
Casos graves, com dificuldade respiratória, coloração arroxeada nos lábios ou extremidades, apatia ou recusa alimentar completa, devem ser levados imediatamente ao Pronto-Socorro, UPAs ou Unidades Mistas de Saúde nos municípios.
Contilnet