Por Eliton Dias
Às margens do Rio Azul, no coração da Amazônia, o futebol raiz segue firme como uma das principais formas de lazer e integração social. Na comunidade ribeirinha Três Unidos, localizada em uma área de difícil acesso, o domingo é sinônimo de bola rolando e muita animação.
Todos os fins de semana, por volta das 13h, começa uma verdadeira maratona esportiva que se estende até as 17h30. São mais de quatro horas de partidas acirradas, jogadas na raça, sob um sol escaldante que não afasta os jogadores nem o público fiel.
Dezenas de barcos navegam até a comunidade, trazendo atletas, torcedores e familiares de diversas localidades próximas. O campo improvisado se transforma em palco de encontros, reencontros e muita festa, fortalecendo os laços entre as comunidades vizinhas.

O futebol, mais do que um esporte, representa um elo cultural e social para os moradores ribeirinhos. É ali, na beira do rio, com o som dos motores dos barcos ao fundo e a vibração das torcidas, que a paixão nacional se reinventa, longe dos grandes estádios, mas perto do coração do povo.