Enquanto intensifica sua pré-campanha para uma cadeira na Assembleia Legislativa do Acre em 2026, o ex-prefeito de Rodrigues Alves, Jailson Amorim, deixa para trás uma realidade bem menos glamourosa: funcionários provisórios da Secretaria de Educação e fornecedores da gestão anterior estão há três meses sem receber seus pagamentos.
O mais alarmante é que muitas dessas pessoas são pais e mães de família, que prestaram serviços ao município confiando na responsabilidade de uma gestão pública que, agora, parece ter virado as costas. E o pior: a dívida deixada por Jailson já ultrapassa os R$ 3,5 milhões, segundo informações de fontes ligadas à atual administração.
Mesmo com a promessa do atual prefeito e também aliado político, Salatiel Magalhães, de resolver a situação herdada do antecessor, até agora nada foi feito. O silêncio e a omissão do gestor atual só aumentam a indignação dos servidores e da população, que começa a questionar até onde vai a lealdade política em detrimento da responsabilidade com o povo.
Enquanto isso, Jailson percorre os municípios do Juruá em busca de apoio para sua futura candidatura, como se os débitos deixados para trás fossem apenas detalhes menores. A postura do ex-prefeito levanta um alerta: como confiar em quem não conseguiu honrar compromissos básicos enquanto estava à frente de um município?
A ex-vereadora Terezinha Fernandes decidiu agir e ingressou com uma ação no Ministério Público, cobrando providências urgentes para garantir o pagamento dos trabalhadores que estão sem salário. Uma medida que deveria partir da própria gestão, mas que, diante da omissão, precisou ser cobrada por quem já não ocupa mais cargo político.
Enquanto muitos enfrentam dificuldades para colocar comida na mesa, o ex-prefeito continua sua jornada política como se nada tivesse acontecido. Uma atitude que deixa evidente o abismo entre o discurso eleitoral e a prática administrativa.
Fonte: Folha do Juruá
