O governo chinês autorizou a habilitação das primeiras 21 empresas brasileiras para exportação de gergelim, consolidando o país asiático como um destino estratégico para o agronegócio nacional. A China, maior importadora global do produto, consome 38,4% da produção mundial e, em 2023, adquiriu US$ 1,53 bilhão em sementes de gergelim.
A liberação das exportações brasileiras foi oficializada recentemente, após negociações iniciadas durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil no final de 2024. Com isso, o Brasil, que já ocupa a sétima posição no ranking mundial de exportadores, poderá ampliar sua participação no mercado global, que hoje representa 5,31% do comércio internacional do produto.
Embora estados como Mato Grosso, Goiás, Pará e Tocantins já sejam consolidados na produção, o Ministério da Agricultura destaca o potencial de crescimento da cultura em estados como Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia. No entanto, o Acre ficou de fora desse movimento por não possuir uma produção expressiva de gergelim e não ter investimentos no setor. Enquanto isso o vizinho, Rondônia, se destaca como uma das promessas para expandir o cultivo, podendo se beneficiar da crescente demanda chinesa e da adaptação do gergelim como cultura de segunda safra.
“O avanço na exportação representa uma nova fronteira para o agronegócio brasileiro, que busca diversificar sua pauta exportadora e garantir maior competitividade no mercado asiático. Com o crescimento da demanda global, o gergelim se consolida como uma alternativa rentável para os produtores brasileiros, especialmente em regiões com condições climáticas favoráveis ao cultivo”, diz nota do MAPA.
Agência de Noticias